quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Levantai-vos hoje de novo...

A questão que se coloca, é de saber,jovens do meu país,de onde é que vos levantais e para quê. Para começar, levantai-vos mais cedo da cama,onde invariavelmente conservais os corpinhos até às tantas da tarde,a curtir canseiras de noites não dormidas em convívios no Bairro,24 de Julho,Alcântara,etc.Isto em Lisboa,ao fim de semana,está bom de ver,mas a regra aplica-se sem excepção a todo o território pátrio.Perdeis um tempo precioso de sol,filhos,e, que diabo,os corpos amolecem,as mentes ficam meio anestesiadas, se calhar é por isso que perdeis a capacidade energética para a revolta,e fazem o que querem de vós.Sim,filhos,olhai em volta,é todos os dias,ontem foram alguns jornalistas da Antena 1 a quem calaram o pio,os insignes governantes da nossa terra,esses sim não dormem em serviço,acordam cedo,andam fresquinhos,e revoltam-se contra quem não alinha com eles.Vós já andais acagaçados desdes putos,as vossas mãezinhas contribuíram decisivamente para isso,não vás para aí Martim,José Maria,Afonsinho,que podes cair,que te sujas,olha o bicho,foge da chuva,enfim,um rosário de cuidados e avisos,que vos marcaram para a vida ,depois na escola resolveram vingar-se nos professores,fazendo-lhes a vida negra,escudados,é claro,nos ilimitados conselhos disciplinares que acabam quase sempre por vos absolver as alarvices,coitados que podeis ficar deprimidos,e nos vossos pais,que não vos dão educação,mas são capazes de invadir a escola,à Rambo,para descompor ou agredir o/a professor que com razão e corajosamente,digo eu,não se acobardou,e resolveu meter-vos na ordem.Por outro lado,há quem viva para vos fazer a cabeça,com merdas tipo Morangos com açucar,Casa dos segredos,e quejandos,e assim ficais convencidos que a vida é uma enorme intriga,com muitos namorados/as a amar-vos muito,mas também a pôr-vos os cornos por dá cá aquela palha,ficais convencidos que tendes direito a ter muitos ténis de marca,caros,três telemóveis,com assinaturas que dêem para mandar muitas,mesmo muitas,mensagens completamente desnecessárias e idiotas,que aos 18 anos tem que surgir carta e carro caídos sabe-se lá donde,e isto tudo à conta,à pala,dos pais evidentemente,sem fazer ponta de corno para merecer tais iguarias.A seguir,ficais,com honrosas excepções,em casa dos pais quase até aos quarenta,porque não dá,não há condições,um gajo/a é explorado,não há empregos para as vossas qualificações,não ides para casas sem mobília,plasma,aparelhagem,máquina de lavar roupa,porra um gajo/a a ter que cuidar de si,ser independente,lol,é uma seca,lol.Filhos,está quieto,dão cá um trabalhão,não vedes o meu caso,os meus pais é que gostam muito de mim e são uns santos,senão punham-me com dono,lol.Chega,chega...também há os 100.000 emigrantes jovens,que o ano passado foram para o estrangeiro em busca da vida!Pois, mas é por eles que me arrisquei a escrever este post,por eles que tiveram a coragem de dizer não a um país que vos atrofia,que querem ser gente completa,e que de algum modo,com a sua partida,se revoltaram,se levantaram contra as indignidades a que estavam a ser sujeitos na sua terra. O que caricaturei,não é evidentemente o que se passa com a generalidade dos nossos jovens,mas existe,há milhares que são assim,e a estes há que sacudi-los,de ser inconveniente com eles...porque também eles,e sobretudo eles,são vítimas das iniquidades do nosso tempo,neste país! jotacmarques

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Outra vez a lei da rolha???

Ontem tivemos mais um aviso no que se está a tornar este país! O comando da PSP foi demitido pelo ministro Miguel Macedo e nomeado novo comandante.Ouvi na TV,a entrevista dada pelo superintendente comandante entretanto demitido,ouvi um homem que identificou os problemas que agitam a PSP,ouvi um comandante que,com diplomacia,com conta e medida,falou da crise e das implicações que tem na vida da corporação e na dos polícias,ou não fossem estes parte integrante do povo a que pertencem,disse,ouvi um homem que estava do lado daqueles que comandava. Vi e ouvi alguém que se assumiu publicamente como um verdadeiro comandante,que projectou corajosamente, o que deve ser o modelo de quem é dirigente e responsável por uma instituição, civil, militar ou militarizada.Devia o superintendente,ser ouvido com atenção pelo ministro,ponderados,muito ponderados,os seus argumentos,devia o ministro procurar sossegar a polícia,estabilizar a situação,mas o que aconteceu foi a demissão do comandante e a indigitação de outro,que não se fez rogado em aceitar,e previsivelmente,os ânimos vão-se incendiar ainda mais na polícia. Um primor de competência e de clarividência,esta decisão do ministro,um ponto alto na defesa das liberdades democráticas,no caso,da liberdade de expressão.O que aconteceu ontem,com a demissão do comandante da PSP,foi um acto de repressão salazarento,um inadmissível atropelo à liberdade de expressão,a negação a um comandante de defender os seus colaboradores,foi dado ao país um péssimo exemplo.Mas também foi dado ao país um sério aviso,o de que quem não alinha,lixa-se,com L maiúsculo,que não se deve dizer o que se pensa,se não é politicamente correcto.Trata-se de voltar à censura,à lei da rolha...como nos regimes autoritários,como nas ditaduras! jotacmarques

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pedro Abrunhosa e o seu olhar

Vi e ouvi Pedro Abrunhosa a ser entrevistado,foi inteligente,interventivo,culto e destemido.O compositor,é isso que eu acho que Pedro é,e ele também,tem uma obra importante e referencial na música portuguesa,mas o cidadão Pedro Abrunhosa é deveras interessante.Assumiu sem rodeios a importância que os artistas devem ter na intervenção cívica e política,tomou partido contra o atropelo dos direitos dos cidadãos,não quis falar do enigma dos seus olhos,que considerou não ser importante, e não tirou os óculos,simbolizando com isto,o desprezo que deveríamos ter pela intriga e pela coscuvilhise nacional,falou da cultura e foi culto nos argumentos,não se pôs em bico de pés a propósito de si e da sua música.Aconteceu uma entrevista exemplar,na forma e no conteúdo,aconteceu o que eu acho que devia de acontecer na comunidade intelectual e artística.Mas o que mais me alertou, foi a preocupação maior de Pedro Abrunhosa,com a passividade e astenia dos portugueses perante o descalabro do que nos está a acontecer.Sempre me preocupou este fenómeno,uma juventude sem saída profissional,em processo acelerado de emigração,paga miseravelmente,quando não se eternizam os estágios à borla,condenada a viver pior que os pais...não reage,não protesta.Fizeram-lhes a cabeça para aceitarem o inconcebível,a vergarem o lombo à farsa do inevitável,condenaram-nos à impotência da resignação.Os mais velhos andam acagaçados,têm cagaço de falar no emprego,de contestarem,estão acomodados aos seus universos,às suas vidinhas.Eis um povo que só reage de vez em quando,mas que eu sei capaz de se indignar muito,uma gente generosa e corajosa,mas que está numa letargia fatal,subordinada a um destino sem esperança.E no entanto há reacções disponíveis ,sem se cair no exemplo grego,pesadelo de governantes,partidos e sindicatos,é preciso é que as pessoas se auto-organizem para defesa do seu modo de vida,autónomas de partidos e quejandos,se constituam em grupos de cidadãos que se oponham aos abusos,aos dislates do poder político e económico/financeiro,nos empregos,nas escolas,nos bairros.O movimento popular de base, autónomo e independente de partidos e outras formas de poder,capaz de se relacionar no seu conjunto, através de homens-bons escolhidos pelas comunidades,articulado internacionalmente com congéneres,pode constituir a grande alternativa capaz de se opor a este festim de barbaridades contra o povo.Quanto à inspiração anarquista,no verdadeiro sentido do termo,na sua expressão filosófica política e social,não na corruptela abusiva generalizada,não se preocupem,não se rotulem,se calhar já vos chamaram coisas piores.

jotacmarques

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

João Proença e o acordo entre parceiros

Falou o Proença da UGT no acordo entre os parceiros sociais,o tal que altera para menos os direitos do trabalho,um marco histórico que vai para além do que impõe a troika, anuncia esganiçado o governo,num ridículo colossal de subserviência aos poderosos.O Proença,quem se lembrará dele no futuro,justificou-se martirizado pela culpa,por ter assinado o acordo,dizia que tinha sido impelido pela esquerda e pela CGTP,que foi para salvar alguma coisa,que o país não podia cair no que existe na Grécia,com uma contestação diária nas ruas.Acabei a ter pena do homem,que justificou o injustificável,que se calhar foi instrumentalizado,não me admirava,que me fez lembrar o jogador que está perder,e vai apostando sempre na esperança de recuperar o perdido,para finalmente ficar teso.Do Proença não rezará a história,no dizer do povo,mas que ele é mais um agente da desgraça que nos acontece todos os dias,não tenho dúvidas.O que esta gente dos sindicatos não percebeu,ou não quer dizer,é que o movimento sindical português,e pelo que vejo também o europeu,não tem capacidade de travar a vaga de fundo ultraliberal que submerge o mundo do trabalho.Andam às migalhas,de cedência em cedência,convencidos de que ainda mexem,controlando e açaimando o desespero e a revolta das pessoas,como de resto o governo espera deles,para no fim,feitas as contas,descobrirem que se recuou 40 ou 50% no poder de compra e na paga do trabalho.Somos entretidos por histórias de alecrim e manjerouna,o Proença fez e disse,o Carvalho da Silva também,o sindicato tal acha que,etc,etc,etc,e o recuo na qualidade de vida,nos índices económicos,é diário e nada saceia a voracidade dos poderosos.
Do que se trata é de um plano bem urdido e eficazmente aplicado pela internacional ultra/neoliberal,que visa a reforma do capitalismo,a recuperação de perdas,a maximização do lucro sem olhar a meios,a institucionalização de um novo paradigma na organização e no preço do trabalho,nos hábitos do consumo,numa frase,a new way of life no ocidente,à custa das populações,e a almejada transferência do que estas perdem, para o capital ganancioso.

jotacmarques

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os meus filhos e eu

Em que medida é que os meus filhos,são três,duas raparigas e um rapaz,integram na sua personalidade traços da minha,e vice versa,em quem me tornei por causa deles,é um pensamento que me surge com frequência.Nunca me surgiu antes,é curioso,quando foram crianças e adolescentes,num tempo sensível da construção da personalidade,que pedia cuidados intensivos,selecção dos exemplos.Se calhar estou no ciclo de "pôr a escrita em dia",de privilegiar a reflexão,em detrimento das ideias aleatórias.
A rapariga mais velha herdou a vivacidade,a expressividade,a extroversão,o alarido na comunicação,enquanto que a mais nova, contida e introspectiva,ficou com a determinação,o pragmatismo e o radicalismo.Quanto ao rapaz revejo-me na irreverência e na deriva do pensamento e da acção.Um conjunto de características contraditórias,umas positivas,outras nem tanto.
O exercício mais difícil e subjectivo é sempre o da auto análise,mas no limite,diria que sou hoje mais responsável e focado, por causa dos meus três filhos,devo-lhes a melhor percepção do "outro"e a maior relativização pessoal.Actualmente,eles e a minha companheira, são a minha maior justificação,o motor do meu investimento na vida.

jotacmarques

sábado, 14 de janeiro de 2012

Maçonaria ,EDP,Águas de Portugal,etc,etc,etc.

Neste canto do mundo chamado Portugal,acontecem ciclicamente coisas estranhas,acontece que temos o hábito de não querermos assumir responsabilidade pessoal por nada e arranjarmos invariavelmente bodes expiatórios para as nossas culpas.Desta vez calhou à Maçonaria!Ninguém percebe bem do que é que trata a cabala,que mete a secreta sabe-se,e a Ongoing também,que o da secreta serviu-se de saberes secretos para favorecer a Ongoing, talves assim seja,ele diz que não,que o bando da loja Mozart andou no tráfego de influências, há quem diga,eles negam,quem é culpado é a Maçonaria resolveram alguns,os da Comunicação Social pularam de contentes.Está tudo certo,assim é que é,cumpra-se a tradição!Comentadores residentes das TV's,a ministra da Justiça,um sem fim de recalcados,desiludidos,ressaibiados,aguçam a dentuça contra a Maçonaria,exigem-se confissões de quem é e de quem não é,preconiza-se a publicitação da qualidade de maçon para os pretendentes a cargos políticos,assiste-se incrédulo ao triste espectáculo dos que se revelam publicamente como pertencentes à Ordem,ciosos da sua especial qualidade,fazem-se declarações solenes de não pertença.É um circo de oportunistas vaidosos,uns,receosos, outros.Uma vergonha colossal,que a Maçonaria não precisa nem merece,de resto como qualquer outra entidade que preste serviços à comunidade.Assumindo que não afirmo nem desminto que sou membro,fica bem esta declaração,deve ficar,tenho ouvido muita gente fina e importante a fazê-la,só me convencem do pecado culposo da Maçonaria,quando me responderem timtim por timtim, de que diabo é que eu,cidadão anónimo e comum,a viver no cu de judas,se fosse maçon,seria culpado destas trafulhices,destas aldrabices,destas baixarias inqualificáveis.É que quando se generaliza o anátema da culpa à instituição,abarca-se todos o que a compõem!Vamos lá a pôr o lombo a jeito minha gente,a culpa a quem é culpado,sejam eles maçons ou o que seja,não se faça da Maçonaria o bode expiatório dos crimes de este ou daquele membro.
Sempre que há nomeações para as hierarquias do Estado ou do mundo empresarial,lá vem o ruído ensurdecedor de se estar a servir o clientelismo político/partidário,os tais "jobs for the boys".Curioso que os que saem, dos tachos entenda-se,dizem o mesmo dos que entram,e assim sucessivamente,tal qual ratos brancos na roda giratória.Estamos,neste caso, a falar da EDP e das Águas de Portugal.Ninguém em seu juízo perfeito já vai nesta conversa,velha como a democracia em Portugal,que encontra raízes no modelo do nosso regime político,quase exclusivamente baseado nos partidos,excluindo candidaturas independentes e apartidárias.Também é corrente que os elementos da nossa clique política girem entre os negócios e a política,e já agora o futebol ,propiciando a corrupção clientelista.
Em suma,trata-se de um déjà vue estafado,de um não assunto,de uma pílula adormecedora,que ninguém quer alterar,
que vai entretendo o pagode,fazendo-o esquecer-se de assuntos bem mais graves.
Até quando...é a pergunta de "one million dollars"!

jotacmarques

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Paradoxo

As crises em Portugal são endémicas,geram-se na incapacidade do país não ser capaz de se bastar a si próprio há centenas de anos,praticamente desde a sua fundação.A verdade é que somos uma nação que mesmo em períodos áureos nunca conseguimos soluções de desenvolvimento sustentado,sempre com dependências económicas/financeiras e políticas do estrangeiro.As desigualdades económicas e sociais internas foram sempre muito acentuadas,e é o povo que tem aguentado mais ou menos com resignação e estoicidade todo o género de violências, e suportado com trabalho e privações os delírios e incompetências dos governantes e outros gestores da vida nacional.Tomando como referencia o período de tempo que vai dos descobrimentos até à 1ªmetade do sec.XVIII,as grandes oportunidades de desenvolvimento que poderiam ter sido financiadas com o dinheiro e o ouro gerado pelo império colonial,ou não foram fomentadas ou goraram-se rapidamente.Preferiu-se o descaminho da riqueza colonial em luxos importados e grandezas palacianas,enquanto a fome alastrava,com os campos ao abandono e quase todos os bens transformados a virem do estrangeiro.Tentativas de alterar o estado das coisas, levadas a cabo primeiro pelo Conde da Ericeira e depois pelo Marquês de Pombal, foram sabotadas por aliados e pela elite aristocrática nacional, safando-se o Fontes Pereira de Melo no sec.XIX.
Mas onde pretendo chegar é ao tempo actual,que transportando uma carga genética tão negativa, no contexto do que estou a tratar,tornou-se num pesadelo insuportável.Os limites que a ética e a moral devem impor na relação de um governo e da clique dominante com o seu povo, foram completamente ultrapassados,e a situação é de regressão da qualidade de vida dos portugueses a níveis de 20 ou 30 anos atrás.Apesar da lentidão e dos altos e baixos das políticas de desenvolvimento implementadas ao longo da nossa história,sempre houve crescimento,anémico é um facto,lá ia andando,mas estado das coisas actual é o de desandar,de involuir,e nunca ou raríssimas vezes tal aconteceu com a importância que a situação evidencia,parecendo tratar-se de um processo planeado,com uma dominante carga ideológica ultraliberal,que pretende atingir o objectivo de degradar num grau muito elevado os níveis da qualidade de vida,de modo a que o mundo empresarial através da compressão dos custos do trabalho, ganhe maior capacidade na concorrência com as empresas das potencias emergentes,nomeadamente as asiáticas.Acredita-se que para aumentar a produtividade dos países ocidentais,o caminho é o de pagar menos pelo trabalho e reduzir violentamente os direitos sociais dos trabalhadores,reduzindo salários e pensões,aumentando os impostos e eliminando ou cortando nas prestações sociais.O resultado destas políticas delirantes está à vista de todos,recessão,desemprego,aumento exponencial da pobreza.
Tudo isto se passa numa Europa comunitária,em países com passados históricos intimamente ligados ao desenvolvimento da humanidade, no sec.XXI,num tempo em que se dispõe de um notável avanço tecnológico e humano,como nunca antes existiu.Um colossal paradoxo,em que por um lado dispomos de enormes e melhores recursos, mas em que por outro, a maioria da população é remetida para uma partilha cada vez menor.É evidente que alguém se está a apropriar indevidamente do que nos é tirado,que as elites políticas e financeiras se chegaram à frente para o festim,só assim se compreendendo que as diferenças entre ricos e pobres sejam cada vez maiores.A questão que se coloca é a de ...o que é que vamos fazer com tudo isto?Vamos assistir passivos e resignados,ou vamos resistir e dar a volta?


jotacmarques

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Guiness e o complexo de inferioridade

Mais um recorde batido pelos portugueses e mais uma entrada para o Guiness book,com entrega de diploma e tudo!Tratou-se de reunir 100.000 peças de roupa para os pobres,o que foi conseguido em tempo recorde.A iniciativa e a solidariedade dos portugueses nem se discute,mas....um diploma do Guiness pelo feito???Já não sei quando foi a maior árvore de natal do mundo ou da Europa,não sei bem,há anos na ponte Vasco da Gama também se bateu outro recorde mundial,este foi de qualquer coisa relacionada com a comida,e por aí fora num delírio para se bater recordes ou ser o melhor do mundo.Em Portugal é assim há anos,não se percebe a mania,a não ser que padeçamos de um enorme complexo de inferioridade,que nos impele para os recordes ,num processo de sublimação ridículo e pacóvio.Não há mais pachorra para isto,mas ainda no outro dia numa conferência de imprensa conjunta com o ministro do negócios estrangeiros de França,o Paulo Portas que falou sempre em português,como é sua obrigação diga-se de passagem,num lampejo de iluminação sabe-se lá vindo de onde,resolveu debitar em francês uma qualquer vulgaridade sobre a luz de Lisboa.Não ouvi do ministro francês um pio em português!Ficou mal na fotografia o Portas,devia de ter resistido ao servilismo,o mesmo que nos leva a falar outras línguas que não o português,com os estrangeiros que vivem em Portugal,conheço alguns que residem cá há décadas,que falam um português execrável,incompreensível,porque nós servilmente resolvemos falar na língua deles.Não acham que é tempo de termos mais dignidade e juízo,e acabar com estas porras?

jotacmarques