quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os meus filhos e eu

Em que medida é que os meus filhos,são três,duas raparigas e um rapaz,integram na sua personalidade traços da minha,e vice versa,em quem me tornei por causa deles,é um pensamento que me surge com frequência.Nunca me surgiu antes,é curioso,quando foram crianças e adolescentes,num tempo sensível da construção da personalidade,que pedia cuidados intensivos,selecção dos exemplos.Se calhar estou no ciclo de "pôr a escrita em dia",de privilegiar a reflexão,em detrimento das ideias aleatórias.
A rapariga mais velha herdou a vivacidade,a expressividade,a extroversão,o alarido na comunicação,enquanto que a mais nova, contida e introspectiva,ficou com a determinação,o pragmatismo e o radicalismo.Quanto ao rapaz revejo-me na irreverência e na deriva do pensamento e da acção.Um conjunto de características contraditórias,umas positivas,outras nem tanto.
O exercício mais difícil e subjectivo é sempre o da auto análise,mas no limite,diria que sou hoje mais responsável e focado, por causa dos meus três filhos,devo-lhes a melhor percepção do "outro"e a maior relativização pessoal.Actualmente,eles e a minha companheira, são a minha maior justificação,o motor do meu investimento na vida.

jotacmarques

Um comentário:

  1. Gostei.

    Não só herdaram, recriam e reinterpretam a herança.

    Tb gosto de os ver voar .

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