terça-feira, 13 de novembro de 2012

Merkel em Portugal

Afinal a contestação à Chanceler alemã foi pífia, apenas escassas dezenas de manifestantes orlaram Belém e S. Julião da Barra. Da visita, espremida, nada. Nada das esmolas ansiosa e servilmente esperadas por alguns - novos investimentos, revisões às posições defendidas por Merkel-, apenas declarações frouxas e pouco convicentes de apoio às politicas do governo de Passos Coelho.

Merkel, rápida e decidida, às vezes desinteressada, Passos Coelho, servil e abatido, fiel à sua inspiradora, de uma subserviência pastosa e de mesuras superlativas disse o que a chanceler queria ouvir, pôs-se em bicos de pés quanto à qualidade de dilecto bom aluno, e foi absolutamente mudo quanto à defesa dos interesses do povo que o elegeu. 

Merkel também esteve com Cavaco, mas não faço a mais pequena ideia sobre o tema da conversa e duvido que o venha a saber, tendo em consideração o que tem vindo de Belém, isto é, um  ensurdecedor silêncio sepulcral.

Antes de viajar para Berlim, a chanceler alemã ainda foi fazer uma perninha  ao congresso luso-alemão no CCB. Fiquei deveras entusiasmado com a promessa de Merkel vir passar férias a Portugal quando deixar de ser chanceler.

De forma que, como dizia o outro, nada de novo na frente oriental!

Uma última nota para o empenhado aparelho de segurança durante a visita. Foi um momento alto, altíssimo, das nossas forças de segurança. A concepção do plano, sem dúvida da autoria de grandes competências, de pessoas muito conhecedoras e espertas, centrou-se no principio de um polícia para cada manifestante, e na supressão da circulação de tudo o que mexia, o que neutralizou em absoluto qualquer tentativa criminosa contra as comitivas dos dois países. Nalguns casos por deficit de manifestantes, era dia de trabalho normal, havia mais polícias do que meliantes, certamente mais um record do Guiness, tão ao agrado dos nacionais. Não esquecer também, as ruas cortadas ao transito já na véspera, e o encerramento do espaço aéreo durante a aterragem e a descolagem do avião da chanceler, não fosse algum caça inimigo ou quiçà, uma avioneta kamikaze  aparecer no horizonte.

E lá vamos andando com a cabeça entre as orelhas, como diria o Sérgio!

 
 jotacmarques
  

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