sexta-feira, 20 de julho de 2012

Anarquia do caos

A preocupação com o futuro é grande, as pessoas interrogam-se sobre o que aí vem e reina uma incapacidade de previsão angustiante. A falta de esperança é o sentimento mais comum, o receio do caos o grande papão. Cá por mim  não ando nada preocupado com a hipotética chegada do caos, porque ele é certo.

O caos foi sempre a base de partida para uma nova organização, é assim na natureza e no processo histórico do desenvolvimento social. A anarquia subjacente ao estado caótico contém a força dinâmica da construção. Ao caos segue-se a ordem, uma nova ordem.

Neste postulado reside a renovação e/ou a inovação e é neste principio que se encontra a verdadeira revolução criativa. O estado anárquico, não no sentido político, pode metafóricamente comparar-se a uma nuvem de poeira com milhões de  partículas em suspensão, que pairam desorganizadas,  para em seguida assentarem de forma aleatória,  constituindo um novo todo organizado. Como se existisse na natureza uma força anarquizante construtivista. 

Parece-me que o mesmo se passa, passou e passará num processo contínuo sem fim, na história social da humanidade. A política, a economia e a sociologia, não são mais do que meros instrumentos casuais deste desenvolvimento, sendo mutáveis conforme as circunstâncias.

Neste contexto,  é  completamente inútil e injustificado o receio do caos que pode vir, porquanto ele sempre foi e é uma inevitabilidade da criação e da sustentação da própria vida.


jotacmarques    


Um comentário:

  1. O medo não serve para grande coisa, pois.

    Falta é um bocado a esperança. Imagine o país a vogar no espaço vazio , entre o governo adormecido, os cidadãos adormecidos,como na bela adormecida . Pior, o príncipe encantado, a transformar-se num monstro!

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