segunda-feira, 2 de abril de 2012

TRÊS CHEGAM

Hoje o dia começou mal,três notícias na antena 1 bastaram para tanto,uma sobre a diminuição do subsídio de doença para baixas superiores a noventa dias,a outra  sobre a pretensão de Angola que quer introduzir vocábulos lá   utilizados  no acordo de revisão ortográfica da língua portuguesa,a terceira  diz  respeito ao departamento de economia da Universidade  Nova, que utiliza o inglês como língua base nos cursos de mestrado.O ministro dos assuntos sociais achou por bem cortar no subsídio por doença superior a noventa dias  para combater as baixas fraudulentas,mais uma medida "exemplar" à boa maneira portuguesa,em que a maioria justa paga por uma minoria pecadora.É  evidente para toda a gente, que este tipo de baixas abrange a população afectada por doenças mais graves e prolongadas,e consequentemente com custos mais elevados para o próprio e para o Estado,competindo aos médicos ser rigorosos na concessão das baixas e aos serviços de fiscalização da Segurança Social  a inspecção aos casos que se presumam fraudulentos.O ministro enganou os portugueses com a justificação que apresentou ,a verdadeira razão é de carácter economicista,o que se se pretendeu foi retirar unilateralmente ao universo total dos contribuintes da  S.Social  mais uns não sei quantos milhões de euros do contrato social anteriormente estabelecido,uma descarada ilegalidade anticonstitucional.Quanto à história do inglês em vez do português nos mestrados de economia da Nova,ouvi o director do departamento dizer que pelo facto se prestava um alto serviço à nossa língua,que os alunos estrangeiros eram mais devido ao inglês,que sendo assim  mais gente contactava com a cultura portuguesa,blá blá,blá blá,mais que e porque,enfim tretas em cima de tretas para justificar outra inconstitucionalidade,como diz   Jorge Miranda ao chamar à atenção de que a Nova é uma entidade pública e portanto o português obrigatório como primeira língua.O director do departamento de economia soçobrou a uma velha tendência portuguesa,o de achar que o que vem do estrangeiro é que é bom,deixou-se tomar pelo inefável complexo de inferioridade nacional,ignorou a lei e esqueceu-se com certeza de que o português é falado por mais de 200 milhões de pessoas e é uma das línguas oficiais da ONU.Finalmente quanto aos angolanos,já não bastava a desgraça do recente acordo ortográfico com as  grotesca deformações que introduziu na linguagem escrita,com as dúvidas e perplexidades que suscita,para agora se complicar e desvirtuar ainda mais.Já agora,ainda gostava de saber que acréscimos traria   o português falado em Angola?Defendo que a língua não pode ser estática,não é uma "vaca sagrada",pode e deve  ser dinâmica ,actualizar-se e reformular-se,corresponder à actualidade dos tempos,mas tem que manter o seu radical estruturante,e seguramente que não poder ser sujeita a vaidades de protagonismo político passageiro.

jotacmarques

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